20/09/2008

A CULPA É DO PALHAÇO

Há muito tempo atrás havia um circo, com grandes lonas coloridas, e bandeirolas azuis,
As luzes que ao anoitecer eram acesas chamavam a atenção do mais distante morador.
Barracas de jogos, comida, e bebida, estavam em todo o entorno. Também tinha o parque, com roda gigante e tudo, como era lindo!
Todos se reuniam no sábado à noite para desfrutar as maravilhas do circo.
Lembro-me do primeiro espetáculo, não havia um só lugar nas arquibancadas, todos queriam ver o circo, os domadores, a mulher barbada, os anões eram muito engraçados.
Os sábados passavam e tudo repetia se, as luzes, a roda gigante, o algodão doce, as mágicas, e tudo. Ate que um dia, eu aprendi as mágicas, com um palhaço que ficou meu amigo.
O circo nunca mais seria o mesmo, descobri que nada ali era engraçado de fato, nem os animais que domavam os bichos, nem a mulher barbada, que na verdade era simplesmente uma jovem mulher, que sofria de uma grave doença chamada de Síndrome de Lobisomem ou Hipertricose, os anões seguem o mesmo exemplo, pessoas com condições físicas especiais que serviam de fantoches animados para o delírio do povo, fora as participações especiais, que o dono do circo sempre trazia, como gêmeos siameses , o homem elefante, etc.
Me soa igual ao coliseu, isso, um coliseu no século XX? XXI?
Incrível?
Eu nunca mais gostei de circo!
Dizem que a culpa é do palhaço.



Amenon Mascelani

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